Primeiro dia da travessia dos lagos andinos. No Porto de Petrohué embarcamos em um catamarã para realizar a navegação pelo primeiro lago, o Lago Todos los Santos. Com sentido ao extremo leste do lago, nosso destino o vilarejo de Peulla, a primeira parada na Cruce de Lagos, ainda no Chile, onde pernoitamos.
Seja bem-vindo ao site do projeto da Débora (Dé) e do Gustavo (Gus), o Dé-Gus-tando a viagem. Aqui você vai ficar sabendo de tudo sobre o nosso projeto de viver na estrada, e também terá acesso às viagens que fizemos, compartilhando histórias, curiosidades, informações e experiências vividas durante os 28 anos que estamos juntos.
Série sobre a Cruce de Lagos entre o Chile e Argentina
Essa publicação faz parte de uma série em que conto sobre nossa primeira viagem internacional, quando contratamos um pacote para fazer a Cruce de Lagos entre Chile e Argentina.
Nosso roteiro começou por Santiago, onde também visitamos a vinícola Concha Y Toro, e as cidades de Valparaíso e Viña Del Mar. Depois voamos até Puerto Montt com a Cordilheira dos Andes o tempo todo ao nosso lado.
Na chegada não perdemos tempo e já visitamos o Vulcão Osorno. No segundo dia saímos para conhecer a região, começando por uma caminhada em Puerto Varas e depois passeio por Llanquihue. Na sequência seguimos para conhecer e almoçar na cidade musical de Frutillar, para então terminar o dia conhecendo um pouco de Puerto Montt.
No terceiro dia na Região dos Lagos da Patagônia Chilena, visitamos a Ilha de Chiloé, quando navegamos de lancha até as Pinguineras.
Cruce de Lagos
No dia seguinte começava a tão aguardada Cruce de Lagos. Primeiro visitamos o Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, onde conhecemos os Saltos Del Rio Petrohué, antes de começar efetivamente a travessia dos lagos.
Na publicação anterior conto como foi a travessia do primeiro lago andino, o Lago Todos los Santos, de Petrohué até Peulla. Nessa publicação conto como foi nossa passagem por Peulla, onde almoçamos, passeamos na parte da tarde, jantamos, jogamos bingo e pernoitamos antes de seguir viagem.
Primeiro destino: Peulla
Como contei na publicação anterior, depois de visitarmos os Saltos de Petrohué, seguimos para o Porto de Petrohué, embarcamos em um catamarã, e navegamos pelo Lago Todos los Santos até Peulla.
Peulla fica no extremo leste do Lago Todos los Santos; É um vilarejo que já fica próximo da divisa entre Chile e Argentina, visitado principalmente por turistas que estão fazendo a Cruce de Lagos.
A passagem por Peulla durante a Cruce de Lagos entre Chile e Argentina faz parte do roteiro. Você pode pernoitar lá ou não. No momento da compra do pacote você escolhe se quer fazer a travessia em um único dia ou se pernoita em Peulla. Nós decidimos pernoitar em Peulla.
Peulla: um lugar bucólico
Peulla é isolado. O principal acesso é pelo lago. Quem domina o nosso olhar estando lá é a natureza. Silêncio total. Muita paz, tranquilidade e imagens inesquecíveis.
Mesmo com o fim da primeira travessia e descendo do barco, continuamos com vontade de fotografar e fotografar. Para todo lado que se olha é possível imaginar uma foto emoldurada.
Chegamos perto do horário do almoço. São oferecidos vários passeios que ocorrem na parte da tarde. Optamos por não contratar nenhum. Aguardamos junto ao porto o ônibus que nos levaria até o hotel que na verdade não fica muito longe dali.
Do quarto do hotel a mesma coisa: janelas como molduras para pinturas lindíssimas. Acomodamos as coisas e fomos almoçar. Estava um dia lindo, fresco, e caminhar era muito agradável. Ao lado do nosso hotel havia outro, de aparência mais chique. Demos uma boa olhada em tudo já na chegada.
Hotéis em Peulla, Cruce de Lagos, Chile
O vilarejo de Peulla é muito pequeno mesmo! Praticamente é só um ponto de apoio, de passagem, turístico. A estrutura é formada basicamente por dois hotéis, e dá para dizer que é só isso: o Hotel Natura Patagonia e o Hotel Peulla.
Nós ficamos hospedados no Hotel Peulla, que apesar de maior, tinha aparência mais simples e com certeza é mais antigo em relação ao Hotel Natura Patagonia. Isso não quer dizer grande coisa, pois fomos muito bem recebidos, o quarto era bem confortável e não tivemos nada para reclamar.
Explorando uma trilha no vilarejo de Peulla
Após o almoço estávamos livres para o que quiséssemos, pois optamos por não contratar os passeios oferecidos. No entorno dos hotéis existe várias estradinhas, pontes, recantos lindíssimos. Para nós pareceu suficiente ficar no entorno do hotel, tanto para dar uma acalmada diante de uma sequência de dias tão intensos, como para dar uma segurada nos gastos, pois como sabe, sempre se gasta muito nesse tipo de viagem.
Descobrimos uma trilha que levava para a subida de um morro, Resolvemos fazê-la. Calmamente fomos subindo e explorando o lugar. Fizemos fotos incríveis. Descobrimos um rio com uma estrutura de barragem, provavelmente para a captação de água para o local. Foi uma tarde muito gostosa, que desfrutamos sem pressa.
Entre as árvores, montanhas nevadas
Subimos bastante na trilha. Quando estávamos bem no alto, nos viramos e nos impressionamos com a visão que tínhamos lá de cima. Montanhas nevadas entre as árvores! Lindo demais! Era possível enxergar muito bem a neve acumulada sobre as rochas. Foi um momento mágico.
Retorno ao hotel com malas pelo corredor
Retornamos para o hotel após a caminhada. Já era meio para fim de tarde. A orientação era de que deixássemos as malas no corredor para agilizar a partida no dia seguinte.
Quando chegamos de volta ao hotel verificamos que várias malas já estavam posicionadas no corredor. Preparamos a nossa e fizemos o mesmo.
As malas ganham numeração e etiquetas verdes ou azuis para identificar quem está indo em sentido Bariloche de quem está indo em sentido contrário.
Noite chegando em Peulla. Prontos para o jantar
Utensílios e roupas separadas, banhos tomados e malas devidamente posicionadas no corredor, estávamos prontos para a noite que se aproximava. Deu tempo de fazermos algumas belas fotos antes do jantar. A temperatura caiu e tivemos que reforçar a roupa.
Fomos para o jantar. As refeições estavam incluídas, menos as bebidas é claro. Para acompanhar a janta que já não lembro mais o que foi, pedimos, claro, um vinho. Na oportunidade escolhemos o chileno Santa Rita, Medalla Real, Reserva Especial, Merlot, safra 2004, Valle Del Maipo.
Noite de Bingo em Peulla, durante Cruce de Lagos, ainda no Chile
Para depois do jantar os hóspedes foram convidados para participar de um jogo de Bingo. Nos divertimos bastante com o pessoal que estava bem animado. A jogatina passou da meia-noite. Em dada rodada consegui gritar “B-I-N-G-O!” e ganhei como prêmio uma garrafa de pisco sour, que infelizmente parece que não fiz fotos.
O pisco sour é um coquetel típico da gastronomia sul-americana, especialmente do Peru e Chile, preparado à base de pisco e limão. O nome vem da união das palavras “pisco” (um tipo de aguardente de uva) e “sour” (referindo-se à família de coquetéis que usam limão como parte de sua receita). No caso ganhei uma garrafa com a mistura já pronta. Levamos para casa e lembro que a bebida durou por um bom tempo.
Dormimos tarde, mas tínhamos que acordar cedo
Na manhã seguinte a movimentação começou cedo. Ainda tínhamos muito o que percorrer até chegar em Bariloche. Mesmo assim ainda deu tempo de registar algumas fotos de uma cachoeira próxima aos hotéis, a cachoeira Velo de la Novia.
E assim partimos de Peulla, primeira parada na Cruce de Lagos, ainda no Chile, para o segundo dia de travessia, que conto como foi na próxima publicação.
Arquivo D-G-v no Canal do YouTube
No nosso canal no YouTube estamos publicando vídeos de arquivo na série Arquivo Dé-Gus-tando a viagem. Os primeiros vídeos da série são registros da nossa viagem ao Chile em 2006.
Já está no ar um vídeo com imagens dos dias da Cruce de Lagos. Você pode assistir abaixo.
Obrigado por ler essa publicação até o fim!
Continue conosco na Cruce de Lagos! Ainda tem muita história pela frente.
E não esqueça que essa publicação faz parte de uma série sobre nossa primeira viagem internacional. Acesse as publicações anteriores para conferir desde o início da viagem.
Obrigado!
