Levantamos com a decisão de retornar para casa depois de termos notícias de um certo desentendimento entre nossas mães que cuidavam das nossas cachorras em Porto Alegre. Nosso retorno de Montevidéu via Rio Branco e Jaguarão foi pela Ruta 8.
Seja bem-vindo ao site do projeto da Débora (Dé) e do Gustavo (Gus), o Dé-Gus-tando a viagem. Aqui você vai ficar sabendo de tudo sobre o nosso projeto de viver na estrada, e também terá acesso às viagens que fizemos, compartilhando histórias, curiosidades, informações e experiências vividas durante os 28 anos que estamos juntos.
Série sobre nossa viagem de carro ao Uruguai
Esta publicação é a última da série de sete postagens em que conto como foi nossa viagem de carro ao Uruguai. Na primeira publicação a definição do roteiro, a viagem de Porto Alegre até Punta del Este e o dia de passeio por lá.
No relato seguinte nossa visita a Punta Ballena na tarde em que passeamos pela região de Punta del Este. Depois nossa parada em Piriápolis no caminho para Montevidéu.
Chegando em Montevidéu, conto como foi a procura por um hotel e a contratação de um city tour que nos fez aproveitar muito bem o dia.
No nosso segundo dia em Montevidéu, passeamos de carro e a pé, e almoçamos uma tradicional parrillada uruguaia no Mercado del Puerto.
Na publicação anterior conto como foi nossa ida até Colonia del Sacramento e o dia de passeio por lá.
Nesta publicação conto um pouco sobre o nosso retorno para casa a partir de Montevidéu via Ruta 8, fazendo a fronteira entre Uruguai e Brasil por Rio Branco e Jaguarão.
Decisão de voltar para casa
Em março de 2008 não tínhamos internet a disposição e smartphones como temos hoje em dia, que permitem que conectados à internet se façam chamadas de áudio ou de vídeo pelo WhatsApp por exemplo. Nosso contato com Porto Alegre era por e-mail utilizando um computador disponibilizado pelos hotéis ou chamadas telefônicas que depois eram cobradas no momento do check-out,
Em 2008 tínhamos duas cachorras da raça Lhasa Apso, uma de 4 e outra de 3 anos. Para podermos viajar para o Uruguai deixamos nossas mães hospedadas em nosso apartamento em Porto Alegre cuidando delas. Não lembro agora como recebemos a notícia, se por e-mail ou por telefone, mas em contato com elas ficamos sabendo que tinham se desentendido.
Nossa intenção era ficar mais um pouco e retornar com mais calma, mas diante do ocorrido e do climão armado em casa, resolvemos que era melhor voltarmos. Então na manhã de 30 de março de 2008 nossa programação era voltar para casa.
Retorno de Montevidéu via Rio Branco
Na viagem de ida optamos por fazer a fronteira com o Uruguai via Chuí no Brasil e Chuy no Uruguai, já que não conhecíamos. Como contei na primeira postagem dessa série, não gostamos muito da fronteira do Chuí. Resolvemos então que o nosso retorno de Montevidéu seria via Rio Branco no Uruguai e Jaguarão no Brasil, que já conhecíamos por frequentar com uma certa regularidade.
A estrada principal de Montevidéu até a fronteira com Jaguarão é a Ruta 8. É nela que se percorre a maior parte da distância (289 km). Na cidade de Treinta y Tres ingressamos na Ruta 17 para um pequeno trecho até a Ruta 18, por onde encerramos o percurso até Rio Branco (mais 126 km).
No total, de Montevidéu até Porto Alegre por essas Rutas e depois pela BR-116, são aproximadamente 800 km, com previsão de tempo de viagem de um pouco mais de 10 horas, que fizemos de uma vez só. Não saímos muito cedo de Montevidéu, então nossa chegada em Porto Alegre foi bem tarde, por volta das 23h.
O cuidado com a preferência de passagem nas pontes uruguaias
Durante o retorno nos deparamos novamente com a indicação de preferência para cruzar pontes. Comentei sobre isso na publicação sobre nosso passeio até Colonia del Sacramento.
A maioria das pontes nas estradas uruguaias só permitem a passagem de um carro, num sentido ou no outro. Um dos lados deve seguir a orientação das placas e dar a preferência para os veículos que vem no sentido contrário.
Logo abaixo, em uma sequência de três fotos, registramos um desses momentos, em que no caso, nós demos a preferência para o carro que vinha no outro sentido.
Cruzando a fronteira entre o Uruguai e o Brasil via Rio Branco e Jaguarão
Já eram em torno de 17h e 30min do dia 30 de março de 2008 quando chegamos a Aduana do Uruguai próxima da cidade de Rio Branco. Acompanhando viajantes no YouTube hoje, vejo que a situação está bem diferente. Na oportunidade não havia um controle tão rígido. Com certeza o controle maior de hoje é reflexo da pandemia.
Chegamos na Aduana. Tudo deserto. Foi difícil até de encontrar alguém para perguntar sobre a saída. Acabei encontrando duas pessoas. Perguntei sobre dar a saída e recebi um olhar de desprezo, tipo, pode ir! Foi o que fizemos! Continuamos nosso caminho sem nenhum tipo de registro ou controle.
Fazendo compras na fronteira com Rio Branco
Chegamos à Rio Branco, na zona dos free shops, já conhecida por nós, pois pelo menos uma vez a cada três meses fazíamos um bate e volta de Porto Alegre até Rio Branco para comprar vinhos, chocolates, alfajores, perfumes, entre outras coisas. Não podíamos deixar de aproveitar a oportunidade. Foi algo breve, poucas coisas, mas fizemos umas comprinhas antes de cruzar a ponte.
Ponte Internacional Barão de Mauá
A fronteira entre Jaguarão, no Brasil, e Rio Branco no Uruguai, é separada pela Ponte Internacional Barão de Mauá, que foi construída entre os anos de 1927 e 1930, depois de um tratado firmado em 1918 entre os dois países para pagamento de uma dívida de guerra. É o primeiro bem binacional tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconhecido como primeiro patrimônio cultural do Mercosul.
A ponte que tem 12 metros de largura, mede 2.113 metros de comprimento, sendo 340 sobre o Rio Jaguarão. Além de duas faixas para veículos (uma em cada sentido) e calçadas para pedestres em cada lateral, no centro da ponte passa uma via férrea.
Já cruzamos muitas vezes essa ponte, que é sempre muito movimentada, seja por veículos ou por pedestres. Em cada extremidade existem controles alfandegários de fronteira. Normalmente os fiscais, principalmente os brasileiros, param os carros de forma aleatória no meio da ponte, para verificarem as compras e solicitarem as notas fiscais se julgarem necessário.
Já fomos parados algumas vezes. A cota limite no momento dessa publicação está em US$ 500 dólares por pessoa, lembrando que alguns produtos, como bebidas por exemplo, seguem também outras regras que devem ser observadas.
Seguindo de Jaguarão para Porto Alegre
Atravessamos a ponte e seguimos para casa. De Jaguarão até Porto Alegre, seguindo pela BR-116, são mais ou menos 400 km de distância, que costumamos percorrer em aproximadamente 5 horas.
Não gostamos de dirigir durante a noite, mas foi o que fizemos neste dia. Praticamente fizemos todo esse trecho já noite. Como comentei antes, chegamos em casa perto das 23 horas.
E assim encerramos a série onde conto sobre a nossa viagem de carro ao Uruguai.
Com esta foram 7 publicações. Se você não leu alguma, fica o convite. A série começa com a viagem até Punta del Este.
Na próxima publicação conto como foi nossa viagem de carro até a cidade de Rio Grande em agosto de 2008, quando na sequência voltamos à Jaguarão – Rio Branco para novas compras. Não perca!
Muito obrigado por ler até o final e até breve.