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Free shop de Rio Branco, Uruguai

Rua de free shop em Rio Branco, Uruguai

Depois de um dia de viagem e passeios por Rio Grande, acordamos no dia seguinte preparados para seguir viagem até a fronteira, mais precisamente fazer compras no free shop de Rio Branco, Uruguai, que faz fronteira com Jaguarão, no Brasil.

Seja bem-vindo ao site do projeto da Débora (Dé) e do Gustavo (Gus), o Dé-Gus-tando a viagem. Aqui você vai ficar sabendo de tudo sobre o nosso projeto de viver na estrada, e também terá acesso às viagens que fizemos, compartilhando histórias, curiosidades, informações e experiências vividas durante os 28 anos que estamos juntos.

Uma manhã de Sol vista pela janela do hotel em Rio Grande

Depois de um dia muito bacana, em que viajamos até Rio Grande, passeamos pelas areias da Praia do Cassino e visitamos o Museu Oceanográfico (confere a publicação aqui), acordamos no dia 22 de agosto de 2008 preparados para seguir viagem até a fronteira entre o Brasil e o Uruguai.

Eram 7 horas da manhã quando fiz alguns registros da janela do quarto. Acordamos cedo, pois do hotel onde estávamos até a rua de free shop de Rio Branco são mais ou menos 3 horas de viagem. Não queríamos chegar muito tarde, porque depois precisaríamos fazer mais 5 horas de estrada para voltar para casa em Porto Alegre.

Mapa com a rota de Rio Grande até Rio Branco.
Rota do Hotel Atlântico em Rio Grande até os free shops de Rio Branco.
Belo visual da Lagoa dos Patos no amanhecer de 22 de agosto de 2008.
Belo visual da Lagoa dos Patos no amanhecer de 22 de agosto de 2008.
Precisávamos nos mexer pois são 3h do centro de Rio Grande até o free shop de Rio Branco.
Precisávamos nos mexer pois são pelo menos 3h do centro de Rio Grande até o free shop de Rio Branco.

De volta a BR-471 até a BR-116

Eram 9 horas e já estávamos na estrada, de volta a BR-471 no sentido BR-116, quase cruzando o Canal de São Gonçalo novamente. Sim, precisávamos voltar até Pelotas, até o entroncamento com a BR-116. Só para fazer esse trecho levamos pelo menos 1 hora. Depois foram quase 2 horas até a rua de compras de Rio Branco.

Voltar pela BR-471 significava cruzar novamente a Ponte Léo Guedes, que substituiu a Ponte Alberto Pasqualini no ano de 1976. Como já comentei, o dia estava bem bonito e tivemos um belo visual das pontes no retorno, também da Ponte Ferroviária e da cidade de Pelotas.

Retornando pela BR-471, enxergando a pontinha da Ponte Alberto Pasqualini ao fundo.
Retornando pela BR-471, enxergando a pontinha da Ponte Alberto Pasqualini ao fundo.
BR-471 com Ponte Alberto Pasqualini bem em frente e Ponte Léo Guedes mais à direita.
BR-471 com Ponte Alberto Pasqualini bem em frente e Ponte Léo Guedes mais à direita.
Chegando para cruzar a Ponte Léo Guedes sentido BR-116.
Chegando para cruzar a Ponte Léo Guedes sentido BR-116.
Sobre a Ponte Léo Guedes com um belo visual da Ponte Ferroviária e de Pelotas.
Sobre a Ponte Léo Guedes com um belo visual da Ponte Ferroviária e de Pelotas.

Cruzando a Ponte Internacional Barão de Mauá rumo ao free shop de Rio Branco

Eram mais ou menos 10 horas e 45 minutos quando cruzamos a Ponte Internacional Barão de Mauá. No final da ponte, já do lado uruguaio, se acessa uma rampa à direita para descer até a Avenida General Artigas, a rua de compras, o free shop de Rio Branco. No final da rampa já se está no meio da bagunça.

Sobre a Ponte Internacional Barão de Mauá sentido Uruguai.
Sobre a Ponte Internacional Barão de Mauá sentido Uruguai.
Chegando ao lado uruguaio.
Chegando ao lado uruguaio.
No final da rampa de acesso já se está no meio das lojas do free shop de Rio Branco.
No final da rampa já se está no meio das lojas do free shop de Rio Branco.

Free shop de Rio Branco na fronteira com o Uruguai

Nessa época, agosto de 2008, já fazíamos com certa frequência o bate volta até Rio Branco para fazer compras, principalmente de vinhos, pois como sabem, os impostos no Brasil encarecem demais o produto e fica difícil tomar bons vinhos.

A zona de free shop de Rio Branco fica logo após descer a rampa junto à Ponte Internacional Barão de Mauá. As lojas ficam concentradas em aproximadamente 4 quarteirões na Avenida General Artigas a partir da rampa.

Como contei na primeira publicação sobre nossa viagem de carro ao Uruguai, quando fomos a Punta del Este, Montevidéu e Colonia del Sacramento, não gostamos muito da fronteira com o Chuí. Apesar da rua empoeirada, o free shop de Rio Branco tem uma boa estrutura, com várias lojas grandes, o que faz valer a pena o passeio.

Na época já conhecíamos também a fronteira de Santana do Livramento com Rivera. Não tem comparação! Rivera é enorme! Talvez o triplo de lojas, mas para nós ficava longe para um bate e volta, pois são 500 km de Porto Alegre. Todas as vezes que fomos para Rivera passamos pelo menos uma noite.

Avenida General Artigas no trecho do free shop de Rio Branco.
Avenida General Artigas no trecho do free shop de Rio Branco.
Aproximadamente 4 quarteirões de lojas de free shop em Rio Branco.
Aproximadamente 4 quarteirões de lojas.

Cota de isenção para compras no free shop por via terrestre

Ao descer a rampa que dá acesso às lojas, o primeiro desafio é encontrar um lugar para estacionar. Normalmente perdíamos algum tempo nessa tarefa. Normalmente quando acompanhados, deixava a Débora com o pessoal em algum lugar e ia procurar uma vaga, assim já iam passeando e visitando as lojas. O bom é que, como disse, são poucos quarteirões, então praticamente qualquer lugar serve. Outro ponto positivo é que, diferente de Rivera por exemplo, não é cobrado estacionamento na rua.

O segundo desafio é comprar dentro da cota de isenção permitida. Sim, não dá para arriscar. Os fiscais fazem o controle na ponte, escolhendo aleatoriamente os veículos para verificar o respeito à cota. Já havíamos sido parados algumas vezes. Então tem que controlar as compras, ir fazendo as contas para não passar do limite permitido.

Em 2008 a cota era US$ 250 dólares por pessoa, lembrando que alguns itens tem outros critérios, como as bebidas alcoólicas, que entram na regra do limite quantitativo, e são permitidos apenas 12 litros por pessoa além do limite de valor. Foi por causa disso também que começamos a ir acompanhados, às vezes com um casal a mais ou mesmo três pessoas, pois combinávamos de usar a cota de bebidas delas em troca do passeio (um bom acordo não acham? kkkk).

Em 2014 a cota para compras nas lojas francas de fronteira terrestre foi alterada para US$ 300 dólares. Buscando readequar os valores por causa dos efeitos inflacionários, no final de 2021 houve outro aumento, que está em vigor no momento, que elevou a cota para US$ 500 dólares.

Rua de free shop em Rio Branco, Uruguai
Um belo dia para compras na fronteira.
Um dos prazeres é olhar cada loja.
Um dos prazeres é olhar cada loja.

Lojas do free shop de Rio Branco no Uruguai

Como comentei mais acima, apesar de poucos quarteirões, a zona franca de Rio Branco é bem interessante, com várias lojas grandes, bonitas, espaçosas, boas de visitar em busca de bons produtos com bons preços. Volta e meia encontrávamos inclusive ótimas oportunidades, itens que nem tínhamos em mente comprar de repente estavam nos carrinhos.

Entre as lojas que visitávamos na época estão a Neutral, Americas, Mario, The Place, Paris e Tiendas Montevideo. Entre essas outras tantas um pouco menores e outras bem pequenas. Dá pra se divertir bastante passando de loja em loja.

Entre os itens mais comprados por nós estão os vinhos que já mencionei, mas também chocolates, alfajores, perfumes, cremes, acessórios de informática. Não muito raro também compramos calçados como tênis e pantufas, roupas como abrigos e casacos, meias, licores, whisky, bolsas, entre outros itens que surgiam nas visitas.

Tiendas Montevideo no free shop de Rio Branco.
Tiendas Montevideo no free shop de Rio Branco.
Em destaque a Loja Neutral no free shop de Rio Branco.
Em destaque a Loja Neutral no free shop de Rio Branco.
Loja Paris no free shop de Rio Branco.
Loja Paris no free shop de Rio Branco.
Zona franca de Rio Branco com a Ponte Internacional Barão de Mauá ao fundo.
Zona franca de Rio Branco com a Ponte Internacional Barão de Mauá ao fundo.

Rio Jaguarão ali do lado do free shop de Rio Branco

Paralelo a Avenida General Artigas está o Rio Jaguarão, ou Yaguarón em castelhano, que tem 208 quilômetros de extensão, fazendo a fronteira entre Brasil e Uruguai nessa região. O Rio Jaguarão nasce na Serra de Santa Tecla no município de Hulha Negra/RS e deságua na Lagoa Mirim depois da cidade de Jaguarão.

Em algumas vezes em que estivemos em Rio Branco o Rio Jaguarão estava com seu volume bastante alto. Dava até medo de ver. Já houve casos de inundação devido ao transbordamento do rio, alagando parte das cidades e inclusive os depósitos das lojas do free shop. Na oportunidade ele estava calmo e bonito, compondo o cenário em um dia ensolarado.

Rio Jaguarão passando atrás das lojas do free shop de Rio Branco.
Rio Jaguarão passando atrás das lojas do free shop de Rio Branco.
O Rio Jaguarão faz a fronteira entre Brasil e Uruguai nessa região.
O Rio Jaguarão faz a fronteira entre Brasil e Uruguai nessa região.
Rua paralela a rua das lojas com o Rio Jaguarão ao lado.
Rua paralela a rua das lojas com o Rio Jaguarão ao lado.
Rio Jaguarão com a Ponte Internacional Barão de Mauá ao fundo.
Rio Jaguarão com a Ponte Internacional Barão de Mauá ao fundo.

Compra inesperada e parados pela fiscalização

E como disse, volta e meia surgem oportunidades, e foi o que aconteceu desta vez. Na loja Neutral nos deparamos com um conjunto de malas com um preço muito interessante. A maioria dos conjuntos eram caríssimos, bem acima da cota permitida, mas um conjunto tinha preço muito inferior, ficando inclusive abaixo da cota. Lembro que ficamos desconfiados, mas era aquilo mesmo.

Cor laranja, malas bem chamativas, talvez por isso desvalorizadas e com pouca saída, mas achamos que até isso era interessante, pois seriam fáceis de identificar numa esteira de aeroporto por exemplo. Acredita que depois de 14 anos ainda temos essas malas?! Pois é, ainda temos o conjunto completo. Claro que já estão um pouco surradas, mas ainda gostamos muito delas e usamos sempre que o tamanho atende.

Além do episódio da compra do conjunto de malas já ter sido inusitado para aquele dia, não parou por aí, teve outro episódio marcante relacionado a elas na saída de Rio Branco. Como compramos vinhos e outros itens, as malas não cabiam no porta malas do Clio. Colocamos então no banco traseiro.

Passando pela fiscalização que acontece no meio da Ponte Internacional Barão de Mauá, o agente viu as malas que estavam visíveis no banco de trás do carro e nos parou. Imaginamos que ele tinha noção que um conjunto de malas passava da cota. Nos solicitou a nota fiscal, que prontamente apresentamos sem medo. Olhou com atenção provavelmente incrédulo. Com certeza o alvo dele eram as malas, pois não olhou mais nada, nem nos pediu para abrir o porta malas.

Conjunto de malas comprado na loja Neutral com preço inacreditável.
Conjunto de malas comprado na loja Neutral com preço inacreditável.

Do free shop de Rio Branco para Porto Alegre

E esse foi o nosso dia de compras na zona de free shop da fronteira com o Uruguai, com emoção no final. Foram dois dias bem legais! Conhecemos em um dia um pouco da cidade de Rio Grande, com destaque para o Museu Oceanográfico, e no dia seguinte fizemos nossas compras na fronteira entre Jaguarão e Rio Branco.

De volta para casa em Porto Alegre. Mais ou menos 5 horas de viagem pela BR-116 para percorrer um pouco menos de 400 quilômetros. Sem problemas, chegamos em casa depois das 20 horas.


Muito obrigado por ler até o final!

Esperamos que tenha gostado de mais um relato sobre viagens que já fizemos.

Continue nos acompanhando, pois em breve vem muita coisa legal por aí!

Um abraço e até breve.