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São Francisco de Paula e Canela

São Francisco de Paula, Serra Gaúcha

Em agosto de 2001 subimos a serra gaúcha para curtir o frio em São Francisco de Paula (São Chico) e Canela. Depois da tensão da ida, foram alguns dias de bastante frio e muita cerração, em que passeamos pelas margens do Lago São Bernardo e visitamos o Vale da Ferradura.

Seja bem-vindo ao site do projeto da Débora e do Gustavo, o Dé-Gus-tando a viagem. Aqui você vai ficar sabendo de tudo sobre o nosso projeto de viver na estrada, e também terá acesso às viagens que fizemos durante os 27 anos que estamos juntos, compartilhando histórias, curiosidades, informações e nossas experiências.

Partindo para curtir o frio na serra

Em agosto de 2001 programamos uma subida à serra para aproveitar o frio do inverno gaúcho. Nosso destino foi São Francisco de Paula, que é chamada carinhosamente de “São Chico”, localizada a 125 km de Porto Alegre (subindo pela BR 116) e 36 km de Canela.

Rota Porto Alegre - São Francisco de Paula
Rota de Porto Alegre até São Francisco de Paula subindo pela BR 116.

Nossa saída de Porto Alegre foi no final da tarde de um dia útil, logo após o trabalho, um pouco depois das 18h. Seguimos pela BR 116 passando por Canoas, Esteio, São Leopoldo e Novo Hamburgo, onde pegamos a saída para a RS 239 sentido Taquara. Em Taquara a estrada passa a ser a RS 020.

Tentando chegar em São Chico

Esse era para ser o caminho natural, mas não lembro por qual razão tivemos a indicação de pegar a RS 115 sentido Gramado e sair por um atalho nas proximidades do município de Igrejinha. Estava chovendo e já era noite. Tentamos o atalho, mas nos deparamos com uma via muito escura, de terra, empoçada, e ficamos com medo, de nos perdermos, de ficarmos atolados, enfim.

Demos meia volta e retornamos sentido RS 239, para o caminho que devíamos ter feito desde o início. Foram minutos preciosos perdidos. Chegamos então a Taquara e acessamos a RS 020. Em poucos quilômetros a subida começa a se intensificar. Uma surpresa nos aguardava logo a frente.

Começamos a subir e uma cerração muito intensa tomou conta do caminho. Não enxergávamos 3 metros a frente do carro. A tensão tomou conta. A velocidade foi reduzida para uns 40 km por hora. Para ajudar, avistamos um carro que havia saído da estrada. Muito tenso, mas seguimos em frente, devagar e com cautela. Depois do tempo perdido na tentativa de um atalho, agora o tempo perdido seria por causa da neblina intensa.

Demoramos o dobro do tempo que levaria em uma situação normal, mas chegamos sãos e salvos. A cerração não deu trégua! A cidade estava tapada. Foi difícil de se orientar para encontrar o caminho até o nosso hotel. Quando chegamos finalmente ao hotel já era bem tarde.

Lago São Bernardo e Hotel Cavalinho Branco

Nosso destino final era o Hotel Cavalinho Branco, que está localizado em frente ao Lago São Bernardo, tido como o principal cartão postal da cidade de São Francisco de Paula.

Construído na década de 30 para ser um cassino, ficou abandonado entre 1945 e 1971 devido a mudança na legislação que proibiu os jogos de azar no Brasil. Foi reformado e em 1978 inaugurado como hotel. Desde então recebe visitantes de todo o Brasil e também do exterior.

Tempo em que as máquinas fotográficas eram com rolo de filme (com um número definido de poses) e as fotos eram reveladas posteriormente, quando só então se sabia se tinham ficado boas ou não. As fotos nessa página foram digitalizadas.

Como comentei mais acima, acabamos chegando bem tarde ao hotel. Nos impressionou na chegada por realmente se tratar de uma construção antiga. Peças muito amplas e um ar de passado presente. Um grande casarão. O banheiro do quarto era enorme! E muito frio! Lembro que foi bastante estranho.

No dia seguinte, após o café da manhã, fomos caminhar no entorno do Lago São Bernardo, que fica em frente ao hotel, e é o principal ponto turístico da cidade. Muito frio e a cerração se fazia presente novamente. Mesmo com a luz do dia a visão era bastante limitada, como é possível verificar nas fotos que registramos.

Lago São Bernardo, São Francisco de Paula
Lago São Bernardo com Hotel Cavalinho Branco ao fundo, em São Francisco de Paula, em um dia de muita cerração.

Mudança para Canela

Passamos muito frio na noite no Hotel Cavalinho Branco, o que nos fez mudar de hospedagem para Canela. Como a programação da visita a São Francisco de Paula e Canela incluía visitar o Vale da Ferradura, em Canela, já ficaríamos mais perto. Conseguimos reservar 0 Hotel Pousada Blumenberg, que fica muito bem localizado, próximo a Catedral de Pedra, área central e turística de Canela.

Ao contrário do Hotel Cavalinho Branco, o Hotel Pousada Blumenberg tinha um ar mais aconchegante, pois era mais novo, ambientes menores, melhor aquecido. O nosso quarto era muito confortável.

Hotel Pousada Blumenberg, Canela, RS
Em frente à recepção do Hotel Pousada Blumenberg, Canela, RS.

Vale da Ferradura

Acomodados em Canela saímos para visitar o Parque da Ferradura, no Vale da Ferradura, que fica a 13 km do centro de Canela, e a 8,6 km do Hotel Pousada Blumenberg. O parque tem esse nome porque o Rio Santa Cruz faz uma curva em forma de ferradura que pode ser observada do mirante principal, de onde também é possível observar a Cascata do Arroio do Caçador.

O Parque da Ferradura é um convite para estar em meio da natureza. O parque reserva várias trilhas, de vários níveis de dificuldade e distância, que levam a cenários lindíssimos. São lagos, cascatas, muita vegetação nativa como as tradicionais araucárias, e muitos animais silvestres.

Uma das trilhas mais leves (cerca de 3 minutos) leva ao mirante principal, com a visão incrível da “ferradura” desenhada pelo Rio Santa Cruz e vista da Cascata do Arroio do Caçador.

Mirante principal Parque da Ferradura, Canela, RS
Mirante principal do Parque da Ferradura, com vista para o Rio Santa Cruz, Vale da Ferradura, Canela, RS.
Lados da Ferradura vista do mirante
Os dois lados da ferradura desenhada pelo Rio Santa Cruz.

Fizemos a trilha para o mirante principal e também nos aventuramos em outras trilhas mais curtas. Por último deixamos a trilha para o Rio Caí, a com maior nível de dificuldade devido aos 350 metros em declive acentuado. O aviso no início da trilha informa que são aproximadamente 60 minutos para descer e 2 horas para subir. Iniciamos a descida mas desistimos na metade. Já era fim de tarde e ficamos com receio do tempo que levaríamos.

Trilha do Rio Caí, Parque da Ferradura, Canela, RS
Na Trilha do Rio Caí, Parque da Ferradura, Canela, RS.

Skyglass

Hoje o Parque da Ferradura conta com uma nova atração muito interessante. A Skyglass é uma plataforma de vidro e aço, a primeira da América Latina, que oferece duas atrações simultâneas. O visitante pode apreciar a paisagem caminhando por cima do vidro, ou andar por baixo da plataforma num monotrilho com cadeiras suspensas que recebeu o nome de Abusado.

Cascata do Caracol

Para chegar ao Parque da Ferradura é preciso passar pelo Parque do Caracol, onde fica a famosa Cascata do Caracol. Desta vez não ingressamos no parque, mas é possível visualizar a Cascata do Caracol da estrada, de onde fizemos os registros abaixo.

Cascata do Caracol vista da estrada, Canela, RS

Cascata do Caracol vista da estrada para o Parque da Ferradura, em Canela, RS.
Cascata do Caracol vista da estrada para o Parque da Ferradura, em Canela, RS.

Passeio obrigatório por Canela

Estando em Canela e bem localizados como estávamos, é claro que aproveitamos para passear pela parte centrar da cidade, com a tradicional visita a Catedral de Pedra. Não temos registro em fotos, provavelmente porque o filme já tinha acabado (risos).

Volta para casa

No retorno para casa a volta foi por Gramado, via RS 115. Uma passada pelo centro de Gramado também é sempre obrigatório. Na descida da serra uma parada em Igrejinha para visitar as lojas de sapatos também. Esse foi nosso passeio por São Francisco de Paula e Canela em agosto de 2001.