São Joaquim, Serra Catarinense

Depois de um dia em que voltamos a Urubici para finalmente subir o Morro da Igreja, era dia de conhecer São Joaquim, cidade da Serra Catarinense famosa pelas imagens de frio intenso e pelas maçãs.

Seja bem-vindo ao site do projeto da Débora e do Gustavo, o Dé-Gus-tando a viagem. Aqui você vai ficar sabendo de tudo sobre o nosso projeto de viver na estrada, e também terá acesso às viagens que fizemos durante os 28 anos que estamos juntos, compartilhando histórias, curiosidades, informações e nossas experiências.

Chegada e primeiro contato com São Joaquim, na Serra Catarinense

Como contei no artigo sobre nossa visita ao Morro da Igreja em Urubici, chegamos em São Joaquim na noite de 26 de agosto de 2010. Foi uma viagem longa de carro, partindo de Porto Alegre, via BR-116, pela Serra Gaúcha, passando por Nova Petrópolis, Caxias do Sul e Vacaria, ainda no Rio Grande do Sul

Na manhã seguinte, dia 27 de agosto de 2010, nossa programação era voltar a Urubici, para desta vez subir o Morro da Igreja, o que não foi possível fazer no ano anterior, quando a subida estava interrompida por causa de queda de barreira. Também contei sobre esse dia aqui no site.

Antes de seguirmos para Urubici, fizemos um breve passeio pelo centro de São Joaquim, já que tínhamos chegado tarde e ainda não tínhamos visto a cidade durante o dia.

Primeiras impressões pela sacada do quarto

Na manhã do dia seguinte à nossa chegada, tivemos as primeiras impressões da cidade de São Joaquim, na Serra Catarinense, com luz do dia. Espiamos da sacadinha do quarto da pousada onde estávamos hospedados.

As primeiras impressões foram boas. Foi possível perceber o quanto a cidade era tranquila, com aquele jeito do interior que tanto curtimos quando fazemos uma viagem dessas. Poucos prédios, pouco movimento.

Primeira olhada em São Joaquin na Serra Catarinense.

Praça central e Igreja Matriz

Na sequência saímos para o passeio do dia 27 de agosto de 2010. Antes de irmos para Urubici fizemos um passeio rápido pelas ruas do centro de São Joaquim. Foi no dia seguinte, dia 28, que passamos o dia todo na cidade.

Na manhã de 27 estacionamos e caminhamos pela Praça João Ribeiro, e depois visitamos a Igreja Matriz que fica junto à praça.

Nossa expectativa em visitar São Joaquim na Serra Catarinense era passar frio, mas não era o que estava acontecendo. A temperatura estava amena naquela manhã, com a impressão que o sol esquentaria o dia, como de fato aconteceu depois.

Praça João Ribeiro

A Praça João Ribeiro foi inaugurada em 1922, quando era protegida por uma cerca de arame para que os animais que circulavam soltos pela cidade não a estragassem. Recebeu o nome de “Praça João Ribeiro”, em homenagem a João da Silva Ribeiro Júnior, político influente na região, personagem muito importante para a história local, pois foi um dos fazendeiros fundadores da Freguesia de São Joaquim da Costa da Serra, no dia 1º de abril de 1873.

Na oportunidade da nossa visita estava tudo muito tranquilo. Final de agosto, fim da temporada de inverno, quando vira notícia. A praça é famosa pelo lago e árvores congelados durante os dias mais frios. É da praça que as emissoras de TV começam os dias quando tudo está virado em gelo e os turistas estão por ali se divertindo.

Fomos conhecer a Praça João Ribeiro.
Praça João Ribeiro no centro da cidade.

Igreja Matriz de São Joaquim

Ingressamos então na Igreja Matriz de São Joaquim. Conforme as pesquisas sobre a mesma, foi possível constatar que há divergência na data de sua fundação. No site da prefeitura consta 1918 como o ano do início da construção, com inauguração em 1935. Em outro site que busca resgatar a história de São Joaquim, a informação levantada indica o ano de 1902 como o da fundação.

De acordo com o que está no site da Prefeitura de São Joaquim, a igreja foi totalmente construída em pedra basalto, que foi tirada dos morros próximos e levada de carro-de-boi até o local da obra. Apresenta esculturas de profetas bíblicos e de Adão e Eva, na parte externa da igreja. feitas por Elson Kiyotaka Outuki e Nelson Matias.

Junto a praça a Igreja Matriz.
Seguindo para visitar a Igreja Matriz.
Apesar da controvérsia, foi fundada no início do século XX.
Pedras retiradas dos morros próximos e levadas em carros-de-boi.

Prefeitura e Câmara de Vereadores, com monumento Manoel Joaquim Pinto

Bem ao lado da Igreja Matriz ficam a Prefeitura e a Câmara de Vereadores. Junto ao edifício público está o monumento em homenagem ao fundador do município, o piracicabano Manoel Joaquim Pinto.

No espaço que fica ao ar livre, encontram-se várias esculturas feitas em pedra e madeira, onde é possível entender as fronteiras do município, a saga dos tropeiros que desbravaram a Serra Catarinense e os principais ciclos da economia local – ciclo dos tropeiros, da madeira e da maçã.

Esta obra ao ar livre foi idealizada e esculpida pelo artista local Élson Outuki, mesmo das obras da Igreja, e está disponível para a visitação gratuita em espaço aberto.

Em frente a Prefeitura de São Joaquim.
Câmara dos Vereadores com o monumento em homenagem ao fundador do município.

Dia seguinte com a cidade vista de cima

No dia seguinte, manhã de 28 de agosto de 2010, voltamos as ruas de São Joaquim. Circulamos de carro pelas ruas centrais e resolvemos subir um morro que leva a um ponto mais alto, onde está o Mirante Belvedere.

Também é possível chegar ao mirante subindo uma escadaria. Lá de cima se tem uma linda vista panorâmica da cidade e dos verdes campos que a circundam, a uma altitude de 1450m.

Fizemos algumas fotos disponíveis logo abaixo.

Vista do Mirante Belvedere.
Vista panorâmica da cidade e dos morros em volta.
São Joaquim com calor em final de agosto.

Mais umas voltas pelo centrinho de São Joaquim

São Joaquim na Serra Catarinense é uma cidade bem pequena. É cortada pelas rodovias SC-110 e SC-114. Tem pouca área urbana. Estando em uma dessas rodovias, se passa pela cidade rapidamente.

Voltamos ao centro da cidade para mais umas voltas. São poucas ruas. Caminhamos um pouco por elas e fizemos mais alguns registros. Estava quente! Totalmente fora das nossas expectativas.

Centro de São Joaquim.
Ensaiando para ser bicho da maçã.
Pelas ruas tranquilas de São Joaquim.
Centro de São Joaquim.

Parque Nacional da Maçã

A região é famosa também pelo cultivo de maçãs. Em 2019 São Joaquim foi eleita a Capital Nacional da Maçã. Mesmo sem esse título, em 2010 já era conhecida pela quantidade de maçãs produzidas. Continuamos nosso passeio e fomos até o Parque Nacional da Maçã.

Com uma área de 214 mil m², fica a 2 km do centro da cidade. Possui áreas para camping, cancha de laço, pavilhões de exposições e palco para shows. No local são realizados feiras e leilões agropecuários e a famosa Festa Nacional da Maçã.

Era totalmente fora de temporada. Entramos na área do parque que estava deserta. Tudo fechado sem qualquer atividade. Demos meia volta e seguimos.

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

Fomos então até a EPAGRI, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Ficamos sabendo que lá era possível fazer uma visita guiada até uma plantação.

A EPAGRI fica próxima ao Parque Nacional da Maçã. É dotada de modernos equipamentos de pesquisa para aprimoramento do cultivo das frutas, especialmente a maçã e a uva.

Chegamos lá e fomos nos informar. Percebemos que foram pegos de surpresa. Não sabiam bem o que fazer. Chamaram uma pessoa que então se prontificou a nos acompanhar para mostrar as macieiras. Nos levou até a área de pesquisa, com vários pés de macieiras. Nos explicou algumas questões sobre o plantio.

Foi legal, apesar de claramente terem improvisado uma visita. Talvez fosse fora de época também. Acabamos não sabendo. Não fizemos nem fotos devido ao momento um tanto constrangedor.

Temperatura inesperada em São Joaquim

O calor estava nos deixando um pouco cansados. Nunca imaginamos visitar São Joaquim em agosto e passar calor como passamos. Tínhamos agendado visita à Vinícola Villa Francioni que acabamos cancelando. Falando em vinícolas, são muitas na região.

Ficamos um pouco desanimados e resolvemos ir embora. Pretendemos voltar um dia em época que esteja frio para aproveitarmos o que de melhor a cidade oferece, que é nessas épocas. Realmente fora de temporada a cidade não tem muito a oferecer, pelo menos foi assim em agosto de 2010.


Agradecemos por ler até o fim.

Lançamos o nosso projeto com um vídeo de apresentação em nosso canal no YouTube que convidamos você a assistir.

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