Colonia del Sacramento, Uruguai

No terceiro dia em Montevidéu nossa programação era conhecer a cidade histórica de Colonia del Sacramento, fundada pelos portugueses em 1680, distante 180 km do hotel em que estávamos hospedados, em uma viagem de aproximadamente 2h e 15min.

Seja bem-vindo ao site do projeto da Débora (Dé) e do Gustavo (Gus), o Dé-Gus-tando a viagem. Aqui você vai ficar sabendo de tudo sobre o nosso projeto de viver na estrada, e também terá acesso às viagens que fizemos, compartilhando histórias, curiosidades, informações e experiências vividas durante os 28 anos que estamos juntos.

Série sobre nossa viagem de carro ao Uruguai

Esta publicação faz parte de uma série em que conto como foi nossa viagem de carro ao Uruguai. Na primeira publicação a definição do roteiro, a viagem de Porto Alegre até Punta del Este e o dia de passeio por lá.

Depois nossa visita a Punta Ballena na tarde em que passeamos pela região de Punta del Este. A caminho de Montevidéu nossa parada em Piriápolis.

Chegando em Montevidéu, conto como foi a procura por um hotel e a contratação de um city tour que nos fez aproveitar muito bem o dia.

Na publicação anterior, nosso segundo dia em Montevidéu, quando passeamos de carro e a pé, e almoçamos uma tradicional parrillada uruguaia no Mercado del Puerto.

Nesta publicação conto como foi nossa ida até Colonia del Sacramento e o dia de passeio por lá.

O tempo estava convidativo para nosso passeio à Colonia del Sacramento

Era por volta de 8h da manhã de 29 de março de 2008. Diferente da manhã anterior, o dia estava ensolarado, perfeito, convidativo para sair e viajar, no caso percorrer os 180 km que nos separavam de Colonia del Sacramento. Já tínhamos tomado café e estávamos quase prontos para sair, quando fiz alguns registros da janela do quarto do hotel London Palace.

Registro da janela do hotel em Montevidéu antes de sair para Colonia del Sacramento.
Rio da Prata com navio da janela do quarto do hotel no centro de Montevidéu.

No caminho para Colonia del Sacramento

Por volta das 9h e 30min estávamos saindo de Montevidéu. Fizemos um caminho um pouco diferente do que o Google Maps sugere hoje, porque passamos novamente pela Torre das Telecomunicações (Torre ANTEL), seguindo pela Rambla Sud América percorrida no dia anterior durante o city tour (lembrando que não tínhamos GPS na época).

Passando pela Torre ANTEL em seguida já estávamos na Ruta 1. É só seguir sempre por ela até Colonia del Sacramento. Quanto mais perto, mais bonita a estrada vai ficando.

Uma curiosidade, que depois descobri que não era só nessa Ruta, é que muitas pontes são estreitas, passando apenas carro em um sentido ou no outro, sendo que um dos lados deve dar a preferência para o outro.

Como podem ver em uma das fotos abaixo, antes de uma ponte, em um dos lados, aparece a placa “CEDA EL PASO”, no caso nós é que tínhamos que dar a preferência, e foi assim até Colonia del Sacramento, ou seja, quem vai de Montevidéu até Colonia del Sacramento deve dar sempre a preferência.

Mapa com rota de Montevidéu até Colonia del Sacramento pela Ruta 1.
Rambla Sud América com a Torre das Telecomunicações (Torre ANTEL) na saída de Montevidéu.
Na Ruta 1 sentido Colonia del Sacramento.
Detalhe da passagem pelas pontes, em que um dos lados tem que dar preferência para o outro.
Quanto mais próximo de Colonia, mais bonito fica.

Primeira parada em Colonia del Sacramento

Colonia del Sacramento, que foi fundada em 1680 pelos portugueses, é considerada hoje uma das cidades mais atrativas do país, com seu centro histórico declarado “Patrimônio da Humanidade” pela UNESCO.

Chegando em Colonia, se vai naturalmente ao centro quando na primeira rotatória se acessa a Avenida Franklin Roosevelt. Na rotatória seguinte pegamos a General Flores e fomos até a Plaza 25 de Agosto, onde estacionamos e descemos para uma primeira espiada.

Caminhamos um pouco por perto. Fizemos alguns registros como em frente ao prédio da Intendencia Departamental de Colonia, que foi construído entre os anos de 1927 e 1933, e também do entorno com a praça.

Foto em frente a Intendencia Departamental de Colonia.
Plaza 25 de Agosto e seu entorno.
Plaza 25 de Agosto e seu entorno.

Antes do Centro Histórico, a zona Real de San Carlos

Resolvemos visitar primeiro alguns atrativos fora do centro histórico. Da Plaza 25 de Agosto seguimos para a Plaza de Toros, ou Plaza Real de San Carlos, pois fazia parte de um complexo turístico chamado Real de San Carlos, idealizado pelo empresário argentino Nicolás Mihanovich.

A partir de 1908 foram construídos ali uma praça de touros, um hotel cassino, um estádio de pelota basca e um balneário. O complexo funcionou até 1917.

Plaza de Toros

A Plaza de Touros, inaugurada com um grande evento em janeiro de 1910, foi uma iniciativa de investidores argentinos de Buenos Aires. Diante da proibição de tais eventos na Argentina e podendo acessar Colonia del Sacramento bastando atravessar o Rio da Prata, decidiram concentrar seus esforços na cidade uruguaia.

Foi por pouco tempo. A praça que tinha capacidade para 10.000 espectadores realizou ao todo apenas 8 eventos, pois assim como na Argentina, uma lei do governo uruguaio proibiu esse tipo de espetáculo em seu território. A proibição ocorreu a partir de 1912.

A arena ficou abandonada por mais de um século. Conforme informações atuais, em 2021 foi finalmente restaurada e passou a ser um centro cultural para eventos musicais e esportivos. Quando estivemos em 2008 estava realmente abandonada, em ruínas, com placas sinalizando “PELIGRO”.

Plaza de Toros, ou Plaza Real de San Carlos.
Plaza de Touros inaugurada em janeiro de 1910.
Quando visitamos estava interditado com o aviso “PELIGRO”.
A partir de 1912, apenas 2 anos após a inauguração, uma lei nacional proibiu esse tipo de espetáculo.
A Plaza de Toros ficou abandonada até 2021.

Frontòn del Real de San Carlos

Da Plaza de Toros seguimos para uma outra construção que chama muito a atenção, o estádio do Frontón de Pelota Vasca del Real de San Carlos (Paredão de Pelota Basca).

Também inaugurado em 1910, o Frontón de Pelota Vasca del Real de San Carlos possui uma quadra com 64 metros de comprimento e 21 metros de largura, com arquibancada com capacidade para receber 3.000 espectadores. Recebeu vários campeonatos internacionais até encerrar as atividades na década de 1980.

Assim como a Plaza de Toros, ficou abandonado até estar em situação precária, que foi o que vimos em 2008. Em pesquisa para essa publicação descobri que também está sendo restaurado. No final de 2021 representantes do governo local, da confederação panamericana e da federação uruguaia da modalidade, se encontraram para vistoriar as obras.

Nosso Clio prata ao lado do Frontón de Pelota Vasca del Real de San Carlos.
Frontòn del Real de San Carlos em Colonia del Sacramento.
Possui quadra com 64 metros de comprimento e 21 metros de largura, e capacidade para 3.000 espectadores.
Ficou abandonado mas atualmente está sendo restaurado.

Hipódromo Real de San Carlos

Entre a Plaza de Toros e o Frontón de Pelota Vasca é possível ver o Hipódromo Real de San Carlos, inaugurado oficialmente em 25 de abril de 1943. Localizado a 50 metros do Rio da Prata, tem uma área de 32 hectares, com uma reta principal de 800 metros de comprimento e largura de pista de 25 metros que permite a participação de até 14 cavalos por corrida.

Diferente das outras construções, essa segue em pleno funcionamento, sendo esse hipódromo o mais importante do Uruguai. A região de Colonia tem tradição em corridas de cavalos com os primeiros registros no final do século XIX. Estima-se que a atividade envolva mais de 300 famílias da região, gerando cerca de mil empregos diretos e indiretos.

Hipódromo Real de San Carlos.

Antigo Hotel Casino de Colonia del Sacramento

Começamos a voltar em direção ao centro histórico de Colonia del Sacramento. No caminho passamos pelo o que foi um luxuoso Hotel Casino que tinha 100 quartos, que para sua inauguração trouxe da Áustria e Hungria 100.000 copos e 30.000 pratos com selo do hotel. Hoje a construção está cedida para a Universidade Politécnica de Valência, que em troca da sua restauração, tem concessão até 2027.

Antigo Hotel Casino de Colonia del Sacramento.

Capilla de San Benito, el Santo Negro

Seguindo em frente, perto do antigo Hotel Casino está a Capilla de San Benito, que foi construída em 1761 para ser um apoio espiritual das tropas espanholas que sitiavam a cidade de Colonia, que na época estava sob domínio português. Foi chamada primeiro de “Capela de São Carlos“, em homenagem ao rei Carlos III de Bourbon, e depois de “San Benito“.

A capela tem um ar um tanto assustador. Fica isolada perto da estrada. Estava escura e vazia. Descobri depois que ao seu redor existia um cemitério. No altar uma imagem totalmente negra, o San Benito, que parece estar de olho em quem entra, aumentando o ar de mistério do lugar. A imagem faz referência a San Benito de Palermo, o primeiro santo negro da Igreja Católica, com várias histórias sobre a sua chegada ao local, sendo talvez a mais contada de que foi resgatada do Rio da Prata.

Capilla de San Benito, el Santo Negro.
Que foi construída em 1761 para ser um apoio espiritual das tropas espanholas.
No altar uma imagem totalmente negra, o San Benito, que parece estar observando quem entra.

Porto de Colonia del SacramentoBuquebus

Da capela, seguimos retornando em direção ao centro histórico, mas antes de caminhar pelas ruas de pedra do centro, fomos conhecer o Puerto de Colonia. que é um dos principais portos do país pela proximidade de Buenos Aires e também de Montevidéu. São apenas 50 km de distância da capital argentina, bastante atravessar o Rio da Prata.

Com capacidade para atracar pelo menos 160 barcos, é um porto moderno, com excelente estrutura para receber confortavelmente os milhares de turistas que circulam entre os países todos os dias. A maioria dos barcos são enormes catamarãs, com capacidade para fazer a travessia de veículos também, possibilitando que de carro se possa seguir viagem para o sul do continente ou visitar Buenos Aires.

Uma das empresas que faz a travessia, e talvez a mais tradicional delas, é a Buquebus. Em valores verificados no momento dessa publicação, a passagem de turista, na opção mais barata (que não permite modificações), para uma pessoa adulta, ida e volta no mesmo dia, estava custando $1.468 pesos uruguaios (na cotação do dia R$ 192,45).

Acesso ao Puerto de Colonia del Sacramento.
Um dos principais portos do país.
Um catamarã da Buquebus que transporta passageiros e veículos entre Buenos Aires e Colonia del Sacramento.
Outro catamarã no Puerto de Colonia del Sacramento.
Milhares de turistas circulam entre Argentina e Uruguai todos os dias.

Caminhando pelo Bairro Histórico de Colonia del Sacramento

Depois do porto, era hora de caminhar pelas ruas históricas do Bairro Histórico de Colonia del Sacramento, Patrimônio da Humanidade. Estacionamos o carro na Plaza Mayor, onde já estão vários atrativos, mas fomos primeiro conhecer a muralha que fica a poucos metros da praça.

Estacionando na Plaza Mayor no Bairro Histórico de Colonia.
Começando a caminhada a partir da Plaza Mayor.

Muralha e Porta da Cidadela da Cidade Velha de Colônia do Sacramento

Estávamos em frente a um dos monumentos históricos mais importantes do bairro histórico de Colônia del Sacramento. A muralha e a Puerta de la Ciudadela, também conhecida como Puerta de Campo, que foram construídas em 1745 por ordem do governador português Vasconcellos que na época liderava essas terras.

O pórtico de acesso a Colônia e a muralha militar de paredes espessas, serviram na época para proteger a cidade, que era frequentemente atacada por piratas, principalmente espanhóis e ingleses.

Em 1970 foi reconstruída mantendo os detalhes originais, com pedras da época compondo as antigas paredes, antigos cânions e ponte sobre o fosso que representam um dos locais mais importantes de interesse na área. Está localizado em frente à Plaza 1811, e ao atravessar a porta se está no centro histórico de Colônia del Sacramento.

Parte da Muralha de Colonia del Sacramento.
Piso feito de pedras.
Construídas em 1745 para proteger a cidade de invasões e piratas.
Em 1970 foi reconstruída mantendo os detalhes originais.
Débora espiando pela muralha da cidadela. Detalhe do mapa na mão.
Muralha militar de paredes espessas.
Puerta de la Ciudadela com parte da muralha.
Em outro ponto apenas a base da muralha original.
Muralha com vista para o Rio da Prata.

Calle De Los Suspiros

Poucos metros de caminhada e já estávamos em outro ponto extremamente importante e histórico, a Calle de los Suspiros. Com mais de 250 anos de história, esta é uma das visitas imperdíveis! Junto com a muralha e o pórtico da antiga cidadela, é um dos lugares mais visitados de Colônia, tanto por sua história como por se ter a sensação de que ali o tempo parou.

A rua, que é apenas para pedestres, segue com seu estilo colonial, hoje Patrimônio da Humanidade. Chão composto por pedras, e casas que apesar de mais de dois séculos de existência, estão em estado de preservação impecáveis. As fachadas, feitas de barro e argila, são mantidas com suas cores originais, enquanto vários dos telhados são feitos de madeira.

Lendas sobre a possível origem do nome da Rua dos Suspiros

O nome original da rua é “Ansina” e não se tem registro de quando mudou para Calle de los Suspiros, mas várias lendas sugerem o motivo da alteração. Uma delas faz referência aos bordéis que existiam nos tempos coloniais, visitados pelos marinheiros de passagem, inspirando muitos suspiros.

Outra história, mais triste, refere-se ao tempo da escravidão. De acordo com essa versão, a rua teria ganhado esse nome porque por ali passaram escravos africanos, prisioneiros de guerra e criminosos condenados à morte ou trabalho forçado. Uma terceira versão diz que ali tinha a esquina onde os amantes se reuniam suspirando por amor.

Mais de 300 anos se passaram, e mesmo com o número enorme de estudos sobre o local e sua história, nenhuma das lendas foi confirmada, então provavelmente seguirão como lendas, enriquecendo o imaginário dos visitantes.

Chegando a outro ponto importante: a Calle de los Suspiros.
Várias lendas sugerem a origem do nome.
Rua para pedestres com o calçamento original em pedra.
As fachadas, feitas de barro e argila são mantidas com suas cores originais.

Calle de Solís

Caminhamos até o fim da Rua dos Suspiros e voltamos para a Calle De San Pedro para conhecer a rua seguinte, a Calle Solís. É a mesma sensação da rua anterior sem as histórias de lendas para contar. É mais uma rua que nos remete ao passado, parada no tempo, com seu piso de pedras e fachadas seculares.

Caminhando na Calle De San Pedro entre Calle de los Suspiros e Calle Solís.
Calle de Solís, paralela a Rua dos Suspiros.
Calle De Solís, também preservada como Patrimônio da Humanidade.

Ruinas del Convento de San Francisco e Farol de Colonia del Sacramento

Mais uma vez voltamos a Calle De San Pedro para seguirmos até a próxima rua, a Calle de San Francisco, onde estão as ruínas do Convento de São Francisco e o Farol de Colônia do Sacramento.

A história do Convento de San Francisco nos faz voltar ao século XVII, mais precisamente ao ano de 1690, quando foi construído. Poucos anos depois, em 1704, um grande incêndio praticamente o destruiu por completo. Devido ao incidente tão catastrófico, decidiu-se pela reconstrução com materiais mais resistentes, como pedra e adobe.

Depois de séculos de confrontos entre as coroas portuguesa e espanhola, o prédio do convento se deteriorou e entrou em colapso. No entanto, seus arcos e fundações ainda estão preservados, com suas paredes muito grossas, com quase um metro de largura, construídas basicamente de pedras.

Mais tarde, uma torre foi erguida, que anos depois foi transformada em farol. Atualmente formam um dos conjuntos mais belos e simbólicos de Colonia del Sacramento, ruínas de paredes de pedras contrastando com o farol alto e branco.

Ruinas del Convento de San Francisco.
Ruinas del Convento de San Francisco que foi construído em 1690.
Detalhe do Farol de Colonia del Sacramento.
Atualmente formam um dos conjuntos mais belos e simbólicos de Colonia del Sacramento.

De volta a Plaza Mayor de Colonia del Sacramento

Seguimos caminhando pela Calle De San Francisco e chegamos novamente na Plaza Mayor, que foi o centro da cidade desde sua origem no século XVII, com a chegada dos colonos portugueses. No entorno dela estão o Museu Municipal e o Museu Português, assim como o Museu Naval e a Casa Portuguesa.

A praça é um local muito agradável e também respira o passado. Nos séculos XVII e XVIII, os primeiros colonos usavam a praça para planejar estratégias militares e realizar cerimônias importantes. Ela também foi usada para punir e executar prisioneiros durante a Guerra Civil Uruguaia.

O Museu Municipal é facilmente identificado por ter vários canhões posicionados na calçada a sua frente. Se você tem lido nossos artigos sabe que não somos muito adeptos a visitar museus, então não entramos, apenas conferimos a fachada e os canhões. Para quem gosta de visitar museus ou tem mais tempo disponível, no Museu Municipal é possível comprar um ticket que dá acesso a todos os museus de Colônia (mais de 8 museus).

O Museu Municipal é o mais antigo de Colônia. Os colonos portugueses construíram o edifício na primeira metade do século XVIII, antes dos espanhóis o incorporarem no início do século XIX. O acervo é composto por peças encontradas ou doadas pela comunidade, incluindo documentos e itens da vida social da cidade nos tempos coloniais, e também achados paleontológicos e indígenas.

Fachada do Museu Municipal.
Em frente ao museu estão posicionados vários canhões.

Casa del Virrey

Junto ao Museu Municipal encontramos outra construção do início da cidade, a Casa del Virrey (Casa do Vice-Rei), que é um exemplo da arquitetura portuguesa clássica da era colonial, com fundações e muros construídos em pedra e adobe ainda preservados.

Apesar de ser apenas uma estrutura de muros e fundações, a Casa do Vice-Rei foi transformada em um ícone da arquitetura portuguesa. Não se sabe ao certo qual foi sua função nos últimos tempos, mas uma das teorias sugere que foi usada como habitação convencional de portugueses que ocuparam altos escalões do exército.

Em 1970, com o projeto de restauração da antiga cidade de Colonia del Sacramento, seu ambiente foi melhorado, buscando dar maior relevância às suas paredes e janelas com arcos, a fim de preservar a arquitetura original.

Percebo hoje preparando esta publicação que é uma visita imperdível para quem vai a Colonia del Sacramento. Está muito bem localizado entre outros tantos pontos importantes do Bairro Histórico. Fica ao ar livre, em uma esquina, e passar por ali é quase inevitável. Vários aspectos podem ser vistos apesar de serem apenas ruínas, como por exemplo os detalhes das paredes, que eram feitas de pedras extraídas das pedreiras da região.

As janelas com arcos caracterizam o estilo lusitano. Há também uma placa com azulejos de estilo português em homenagem à nomeação como vice-rei de Baltasar Hidalgo de Cisneros.

Ruínas da Casa del Virrey.
Casa del Virrey ao lado do Museu Municipal.
Detalhe da Casa del Virrey.
Detalhes das paredes, que eram feitas de pedras extraídas das pedreiras da região.
Placa com azulejos de estilo português em homenagem à nomeação como vice-rei de Baltasar Hidalgo de Cisneros.

Rambla de Colonia del Sacramento

Comemos alguma coisa próximo a Plaza Mayor que já não lembro o que foi. Acho que não foi um almoço normal, e sim apenas algo para não ficarmos sem comer. Seguimos caminhando no sentido do Rio da Prata. Chegamos a Rambla de Colonia, a P.º de San Gabriel, onde tivemos um visual incrível do rio com a luminosidade do sol do meio da tarde.

Retornando para a Plaza Mayor pela Calle Del Comercio, registramos em uma parede externa um conjunto de azulejos portugueses que montam o mapa de Colonia del Sacramento em 1762.

Rambla de Colonia del Sacramento.
Espiando o que?
Retornando para a Plaza Mayor pela Calle Del Comercio.
Azulejos portugueses com mapa de Colonia del Sacramento em 1762.

Fim de passeio por Colonia del Sacramento e retorno a Montevidéu

E assim foi nosso passeio por Colonia del Sacramento. Um bate e volta a partir de Montevidéu. Foi muito legal conforme puderam conferir nos registros.

De volta a Ruta 1, sentido Montevidéu, com trânsito movimentado com o fluxo de retorno, já que muitos fazem diariamente o que fizemos, assim como excursões também. Próximo a Santa Ana fizemos foto de um ônibus uruguaio antigo bem na nossa frente.

Chegamos em Montevidéu no início do anoitecer, por volta das 18h. Na entrada da cidade acompanhamos um comboio ferroviário, e depois, passamos pelo Obelisco aos Constituintes de 1830 que fica na rotatória do cruzamento entre as avenidas 18 de Julio e General Artigas.

Retornando a Montevidéu, Ruta 1, perto de Santa Ana, com um ônibus antigo uruguaio a frente.
Entrando em Montevidéu acompanhando um trem de carga.
Passamos pelo Obelisco aos Constituintes de 1830.

Esperamos que tenham gostado de mais essa publicação com mais uma viagem e experiência que tivemos.

Agradecemos por ler até o final!

No próximo artigo conto um pouco sobre o retorno de Montevidéu via Rio Branco e Jaguarão.

Até breve!

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