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Visitas às vinícolas Rio Sol e Terranova

Visitas às vinícolas Rio Sol e Terranova

Já está no nosso canal no YouTube o segundo vídeo da primeira temporada, onde contamos como foram as visitas às vinícolas Rio Sol e Terranova, uma em Pernambuco e a outra na Bahia, ambas localizadas no Vale do São Francisco.

Segundo vídeo do canal mostra visitas à vinícolas Rio Sol e Terranova

Em agosto de 2021 viajamos para o Vale do São Francisco. Fomos de carro partindo de Barbalha/CE. Tendo Petrolina como referência, são aproximadamente 340 km indo pelo trajeto mais rápido sugerido pelo Google, o que de tempo leva em torno de 5h.

Saímos cedo. Era quarta-feira, dia 18 de agosto de 2021. Quando entramos no estado do Pernambuco a coisa ficou feia. A estrada estava horrível! Muito esburacada, o que exigiu muita atenção, velocidade baixa e o dobro de cuidado.

Outra curiosidade é que ao ingressar no Pernambuco se torna comum visualizar bodes e cabras na beira da estrada. São muitos e a todo instante. Eles são muito espertos! Dificilmente invadem a pista, ao contrário dos cavalos e dos bois por exemplo, então menos uma preocupação.

Mapa com rota de Barbalha/CE até Petrolina/PE
Mapa com rota de Barbalha/CE até Petrolina/PE.

Programação para visitar as vinícolas

Depois que decidimos que iríamos para o Vale do São Francisco, fui atrás de informações sobre as vinícolas e os passeios disponíveis, para depois a Débora procurar hospedagem.

A cidade de Lagoa Grande no Pernambuco, que fica uns 53 km antes de Petrolina, é a que concentra o maior número de vinícolas. Não são muitas, umas 4 pelo menos com porte suficiente para oferecer algum tipo de visitação, mesmo que só na loja.

Na pesquisa verifiquei que as duas principais vinícolas da região são a Rio Sol, em Lagoa Grande, e a Terranova, que fica para o outro lado, no município de Casa Nova, já na Bahia.

Procurei por informações a respeito das duas vinícolas. Encontrei os sites, onde constam informações sobre programações, valores, e visitações, com formulários de contato para fazer o agendamento das visitas. Enviei contato para as duas, até para saber sobre a disponibilidade da visitação, pois ainda estávamos com restrições devido a pandemia.

Ambas me responderam por e-mail confirmando que seria possível o agendamento. Fiz os agendamentos, uma em um dia e a outra no outro.

As principais vinícolas localizadas em Lagoa Grande/PE.
As principais vinícolas localizadas em Lagoa Grande/PE.

Hospedagem no Vale do São Francisco

Com as datas definidas para as visitas às vinícolas Rio Sol e Terranova, a Débora foi atrás da hospedagem. Reservou pelo AirBnb em Juazeiro, Bahia. Petrolina e Juazeiro estão separadas apenas por uma ponte. Poderiam ser a mesma cidade, só não são porque uma está no estado do Pernambuco e a outra na Bahia.

Então, quanto as distâncias, ficar em Petrolina ou Juazeiro não muda muito. Pode mudar um pouco em relação ao valor, pois Petrolina é mais desenvolvida, tem mais atrativos, o que encarece um pouco, e esse foi um diferencial para optarmos por Juazeiro. Reservamos uma bela casa, nova e grande, em uma rua tranquila, perto da ponte.

Nossa primeira parada no Vale do São Francisco

Seguimos então em direção a Petrolina e Juazeiro, mas antes faríamos a primeira visita, à Vinícola Rio Sol, que fica em Lagoa Grande. Chegamos na porta da vinícola pelas 12h 30min. Achamos que seria possível entrar e aguardar para a visita. Não foi possível. Só poderíamos ingressar nas dependências da Rio Sol um pouco antes do horário marcado.

Diante da negativa, resolvemos dar uma volta por perto. Seguimos pela estrada que liga as vinícolas. É um lugar com um visual bem bonito. Dá para ver um pouco do Rio São Francisco e muitos parreirais. Acabamos chegando na Vinícola Fazenda Garibaldina. Perguntamos na portaria se havia possibilidade de visita. Sem muita convicção o porteiro informou que poderíamos visitar a loja, mas não naquele horário.

Visita à Vinícola Rio Sol

Voltamos então para a Rio Sol. Estacionamos perto do portão e aguardamos. Tínhamos levado sanduíches. Fizemos nossa boquinha ali mesmo, dentro do carro, enquanto aguardávamos.

Um pouco antes das 14h fomos autorizados a entrar. Recebemos a orientação de seguir até a loja. Na loja acertamos a visita que custou R$ 20,00 por pessoa. Fizemos o pagamento e já ficamos na loja conferindo os vinhos à venda. Escolhemos alguns e deixamos separados.

No horário marcado para o início da visitação já havia mais pessoas presentes. A responsável pela loja (que infelizmente não lembramos o nome), muito simpática por sinal, perguntou se podia ir de carona com a gente para seguirmos até o parreiral, primeiro ponto a ser visitado. Prontamente concordamos e seguimos para lá.

Loja da Vinícola Rio Sol no Vale do São Francisco.
Loja da Vinícola Rio Sol no Vale do São Francisco.

Conhecendo a história, características da região e a produção da Rio Sol

Seguimos por uma estrada de terra entre vários parreirais até um ponto específico. Paramos e ela nos conduziu até embaixo de uma estrutura onde havia sombra. Ali apresentou a Rio Sol, as características do lugar, manejo, castas plantadas, colheitas, quantidades de frutos e garrafas produzidos.

A Vinícola Rio Sol, com sede na região do Dão, Portugal, possui 120 hectares de área plantada, que produzem 2 milhões de quilos de uva por ano. São também 2 milhões de garrafas por ano entre vinhos e espumantes.

As principais castas tintas são: Carbenet Sauvignon, Syrah, Touriga Nacional, Tempranillo e Alicante Boushet. Entre as castas brancas: Chenin Blanc, Viogner, Arinto, Fernão Pires, e Moscatel.

Em destaque a técnica de enxertia

Destaque para a técnica de enxertia, muito usada em praticamente todo o mundo, mas que ali é ainda mais importante devido as condições climáticas extremas em que as plantas são submetidas. Vale para às vinícolas Rio Sol e Terranova, e para as outras da região.

A Vitis Vinifera, que é a espécie de videira que produz os vinhos finos, é muito delicada, não suporta bem as condições áridas do Vale do São Francisco. As pragas não são a principal preocupação ali, e sim o calor e a falta de chuva. Então são usados “cavalos”, enxerto, com exemplares da espécie de origem norte-americana Vitis Lambrusca, mais resistente.

A Vitis Lambrusca produz excelentes frutos para o consumo e produção de sucos, mas não para vinhos finos. Usada como base para as Vitis Viniferas garantem a resistência necessária para a produção de vinhos finos na Rio Sol e na região.

Parreiral da Rio Sol com planta se desenvolvendo.
Parreiral da Rio Sol com planta se desenvolvendo.
Parreiral de Cabernet Sauvignon da Rio Sol pronto para colheita.
Parreiral de Cabernet Sauvignon da Rio Sol pronto para colheita.

Experimentando uvas finas direto do pé

Caminhamos então até um parreiral próximo e experimentamos uvas de um lote da casta Cabernet Sauvignon que estavam prestes a serem colhidas. Estavam realmente bem maduras e saborosas. Diferente das uvas de mesa, as uvas para vinhos finos tem bagos (uvas) menores. São bem pequenos mesmo.

Débora no parreiral de Cabernet Sauvignon da Rio Sol.
Débora no parreiral de Cabernet Sauvignon da Rio Sol.
As castas finas tem frutos com bagos menores. Na foto a Cabernet Sauvignon.
As castas finas tem frutos com bagos menores. Na foto a Cabernet Sauvignon.

Quase três colheitas por ano

Olhando em volta observamos vários parreirais em diferentes estágios de produção. No Vale do São Francisco são produzidos quase três safras por ano. Isso é possível porque é muito seco, praticamente não chove, então toda a irrigação é controlada. Assim é possível induzir a planta a produzir ou a descansar.

Esse ciclo que normalmente dura um ano, no Vale do São Francisco é reduzido, chegando a quase três por ano. Isso vale para todas as vinícolas da região, para a Rio Sol e Terranova.

Do parreiral para a área de produção

Voltamos até próximo da loja de vinhos. Ingressamos na área de produção. Primeiro vimos uma desengaçadeira, máquina que recebe os cachos de uva para separar os bagos (uvas) dos engaços (os talos e todo os resto que não é uva). Depois da separação é obtido o sumo das uvas chamado de mosto.

Logo ao lado, estão tanques imensos de inox que recebem o mosto para fermentação. As leveduras presentes nas cascas das uvas começam o processo de fermentação alcoólica, ou seja, transformam o açúcar presente nas uvas em álcool. Além das leveduras naturais, outras também podem ser adicionadas.

No momento apropriado, após muitos testes, provas, transferências entre tanques, filtragens, entre outros, o resultado obtido, que já é o vinho, pode ser transferido para barris de carvalho, onde vão descansar adquirindo mais corpo e novas propriedades. O tempo que vai ficar na barrica depende do que o enólogo pretende. Podem permanecer por meses ou alguns anos.

A adega da Rio Sol

Passamos pelos enormes tanques de inox e fomos conhecer a adega da Rio Sol, local onde os barris ficam guardados. É um local fechado com cadeado, com acesso, iluminação e temperatura controlados. Assistimos um breve filme publicitário sobre a Rio Sol e fizemos fotos.

Acesso controlado para a adega da Rio Sol no Vale do São Francisco.
Acesso controlado para a adega da Rio Sol.
Junto ao tesouro da Rio Sol.
Junto ao tesouro da Rio Sol.

Momento da degustação

Voltamos até a loja para o momento da degustação. Todos os interessados se acomodaram em uma mesa na área externa, bem em frente ao acesso a loja. Nós não sentamos. Eu não bebi, pois ainda ia dirigir até Juazeiro, mais 53 km.

Não foram oferecidos muitos rótulos. Alguns espumantes e vinhos brancos principalmente. A Débora experimentou alguns enquanto resolvíamos a compra dos vinhos que tínhamos separado. Acertamos tudo e fomos embora.

No total foram quase 2 horas de visita. Fomos bem atendidos. Gostamos muito! Um lugar muito grande, amplo, bem cuidado, com muitos parreirais. Conhecemos todo o processo e as características impares da região, o que torna tudo ainda mais interessante.

Mesa em frente a loja da Rio Sol onde ocorre a degustação.
Mesa em frente a loja da Rio Sol onde ocorre a degustação.

Seguindo para Juazeiro na Bahia

Saímos da Rio Sol rumo a Petrolina e Juazeiro. Nosso AirBnb era em Juazeiro. Precisávamos cruzar Petrolina, a ponte, e então chegar até o endereço em Juazeiro, Bahia.

Da Rio Sol até o lugar em que ficamos hospedados são mais ou menos 74 km. Por causa disso não visitamos mais vinícolas. Já eram 16h passadas e não queríamos deixar ficar muito tarde, primeiro pra não pegarmos noite, segundo porque a proprietária da casa estava nos aguardando para entregar as chaves.

Voltamos para a BR-122 e passamos por Lagoa Grande que é cortada por ela. Muito movimento no pequeno trecho ao logo dos acessos a cidade, principalmente de caminhões. Vários mini pórticos indicam Lagoa Grande/PE como a “Capital da uva e do vinho do Nordeste”.

Lagoa Grande, capital da uva e do vinho do Nordeste

Visão do Rio São Francisco e chegada na hospedagem

Alguns quilômetros depois entramos em Petrolina e já nos espantamos com o tamanho. O segundo vídeo da temporada 1 é sobre Petrolina. Confere lá depois.

Seguimos por Petrolina e chegamos na Ponte Presidente Dutra que precisávamos atravessar para Juazeiro. Começamos a cruzar a ponte quando nos deparamos com um visual inesquecível do Rio São Francisco. Foi ali que nos demos conta da grandeza do Velho Chico. Foi emocionante.

Seguimos para o endereço reservado. Chegamos no local já escurecendo. Nos encontramos com a proprietária do imóvel. Instruções recebidas. Fomos nos acomodar. Estávamos cansados, pois foi um dia agitado entre viagens e a visita à vinícola Rio Sol.

No dia seguinte a agenda começava cedo. Tínhamos que estar às 9h na vinícola Terranova, que fica no município de Casa Nova, Bahia, aproximadamente 46 km de onde estávamos.

Ponte Presidente Dutra sobre o Rio São Francisco
Ponte Presidente Dutra sobre o Rio São Francisco no sentido de Juazeiro, Bahia.

Visita á vinícola Terranova

Dia 19 de agosto de 2021. Saímos cedo para percorrer com tranquilidade a distância até a vinícola Terranova. O caminho obrigatoriamente nos faz passar por Petrolina. Atravessamos novamente a Ponte Presidente Dutra e em seguida já estávamos seguindo em uma avenida bastante larga e movimentada que dá sequência a BR-235.

Com folga chegamos ao portão de acesso à Terranova. Nos identificamos e fomos autorizados a seguir. Diferente da Rio Sol, a estrada de acesso da Terranova é entre o parreiral. Muito bonito o visual da entrada da propriedade. Seguimos até o estacionamento para visitantes e fomos até a loja.

Assim como na Rio Sol, o valor da visita com a degustação custou R$ 20,00 para cada. No momento do pagamento já nos deram as tacinhas para a degustação. Ficamos na loja conferindo os vinhos enquanto aguardávamos o início da visita, que dependia da chegada de mais visitantes.

Um grupo bem maior para fazer a visitação

De repente o local estava cheio. Nos demos conta então que havia um grupo grande de pessoas uniformizadas. Eram membros de equipes que estavam participando do Rally dos Sertões, casualmente com etapa passando por Petrolina naqueles dias. Percebemos no estacionamento muitas camionetes igualmente identificadas com adesivos do Rally e das equipes.

Entre os novos visitantes que chegaram estavam também um pessoal que fez conosco a visita à Rio Sol. Se formou um grupo bem maior do que na visita da tarde anterior. Fomos orientados a seguir para a frente do prédio e aguardar na área externa ao acesso à administração.

Seguindo com a visitação à vinícola Terranova

O enólogo Rafael, a mesma pessoa que estava atendendo na loja, chegou para iniciarmos a visita. Diferente da Rio Sol não fomos ao parreiral. Seguimos para a lateral do edifício, em uma parte mais elevado, com visão para uma área onde estavam uma desengaçadeira e alguns tanques de inox. Dali daquele ponto ele começou a explicar como funcionava o processo de produção.

Do terracinho seguimos pela lateral até a parte de trás do edifício, onde há dois outros prédio. Entramos primeiro no que estava à esquerda. Ali funciona a destilaria, onde começa a ser produzido o Brandy da Terranova, destilado de vinho envelhecido em barris de carvalho, um dos produtos principais da vinícola.

Destilaria da Terranova onde é produzido o Brandy.
Destilaria da Terranova onde é produzido o Brandy.

Barris e mais barris de carvalho

Da destilaria seguimos para o prédio seguinte. Na entrada do prédio nos deparamos com uma quantidade enorme de barris de carvalho e vários tanques de inox. Ali o Rafael falou sobre o tempo de envelhecimento do Brany em relação ao vinho: “- Quanto mais tempo o Brandy envelhecer, melhor vai ficar, ao contrário do vinho, sabiam disso?”.

Barris onde os vinhos e o destilado descansam.
Barris onde os vinhos e o destilado descansam.

Seguindo para a degustação

Dos barris de carvalho voltamos ao prédio principal. Passamos por um corredor onde foi possível ver a esteira onde toda a produção da Terranova é engarrafada, rotulada e encaixotada. No momento em que passamos a esteira estava parada.

Seguimos em frente. Passamos por outro corredor onde foi possível ver pelos vidros as salas de provas e de testes de laboratório. Caminhamos mais um pouco e chegamos ao ambiente da degustação.

Visitação mais curta, mas degustação mais generosa

Como foi possível perceber, a vista as instalações da vinícola Terranova é bem rápida. Em pouco tempo já estávamos na sala de degustação. Talvez tenha sido assim devido a quantidade de pessoas presentes que nos pareceu um pouco acima do que costumam fazer.

Em compensação, a degustação da Terranova foi bastante generosa. O enólogo Rafael abriu várias garrafas entre espumantes, vinhos brancos e tintos. No local havia também a opção de comprar queijo de cabra produzido ali perto. Acabamos comprando. Bem gostoso.

O enólogo além de falar sobre os vinhos que estavam sendo abertos, também deu dicas, como por exemplo, ensinou a abrir as garrafas com tampa screw cap, tampa de rosca, utilizada normalmente em vinhos jovens, sem a necessidade de usar as rolhas de cortiça. Foi divertido! O Rafael foi muito simpático durante todo o tempo, mesmo com a agitação e o barulho do pessoal.

Degustação Vinícola Terranova
Durante a degustação na Vinícola Terranova.

Sobre a produção da Terranova

A Vinícola Terranova pertence ao Grupo Miolo, que tem sede no Vale dos Vinhedos. na Serra Gaúcha. No Vale do São Francisco, município de Casa Nova, Bahia, possui uma área cultivada de 200 hectares, que produzem 4 milhões de litros ao ano, sendo metade destinada para vinhos e espumantes, e a outra metade para o destilado.

No final das contas, a Terranova tem como principal produto a produção de espumantes, depois vinhos jovens, suco de uva integral e o destilado de uva, o Brandy, envelhecido por 15 anos em barris de carvalho americano.

As principais castas tintas são: Shiraz, Grenache e Mourvèdre. As principais brancas são: Chenin Blanc, Sauvignon Blanc, Verdejo e Moscato.

De volta a loja da Terranova

Terminada a degustação, voltamos à loja para escolhermos o que iríamos comprar. Assim como fizemos na Rio Sol, buscamos levar uma ou duas garrafas de cada tipo, ou seja, espumante, vinho tinto, vinho branco, e resolvemos levar também uma garrafa do Brandy, pois ficamos muito curiosos para experimentar.

Os preços tanto na Rio Sol como na Terranova estavam bem interessantes. Estávamos em dúvida se de repente seriam mais caros por se tratar de turismo, mas não se confirmou, até o contrário, os preços estavam melhores do que normalmente vemos. Achamos isso muito legal, pois não estão se aproveitando de uma possível situação favorável por causa da visita de turistas.

Parte da loja da Vinícola Terranova
Parte da loja da Vinícola Terranova no Vale do São Francisco.
Mais uma parte da loja da Vinícola Terranova.
Um balcão de bar na loja da Vinícola Terranova.

Entre os parreirais novamente

Apesar da visitação não incluir a visita ao parreiral, o enólogo Rafael deixou todos bem à vontade para fazerem a visita na hora da saída. Disse que podíamos parar os carros perto das parreiras para visitá-las e fazer fotos. Não paramos, mas filmamos a saída. É um visual muito bacana. O pessoal do Rally dos Sertões subiu um drone bem a nossa frente.

Parreirais na via de acesso à Vinícola Terranova.
Parreirais na via de acesso à Vinícola Terranova.

Escolhendo a forma de visitação às vinícolas Rio Sol e Terranova

Quando resolvemos visitar o Vale do São Francisco ainda estávamos em meio a restrições, dúvidas, receios devido a pandemia. Diante disso decidimos marcar direto nas vinícolas Rio Sol e Terranova nossa programação, mas existem outras formas de visitar as vinícolas.

Vapor do Vinho

É possível fazer a visitação à Vinícola Terranova utilizando o roteiro enoturístico chamado “Vapor do Vinho“,  que recebeu este nome em alusão aos antigos vapores que navegavam pelo Rio São Francisco. É possível se informar a respeito no site oficial do passeio ou mesmo diretamente com a vinícola.

O roteiro inicia em Petrolina, com transfer rodoviário incluído. Parte da cidade e faz a navegação pelo Lago de Sobradinho (formado pelo represamento do Rio São Francisco pela Barragem de Sobradinho), até a vinícola. O passeio inclui música ao vivo, almoço a bordo, parada para banho, e a visita à vinícola Terranova, com degustação de espumantes.

Rota dos Vinhos

A Vinícola Rio Sol também dispõe de outra modalidade de visita, chamada Rota dos Vinhos, que conta com programação especial, que inclui transfer rodoviário ida e volta de Petrolina; visita guiada aos parreirais (com provas de uvas); à fábrica; à adega; passeio de catamarã com banho no Rio São Francisco incluindo degustação de espumantes; almoço regional com degustação de vinhos e sobremesa; e taça Rio Sol de brinde.

É possível se informar sobre essa modalidade de visita e agendar o passeio diretamente no site da Rio Sol.

Nossa opinião sobre as visitas às vinícolas Rio Sol e Terranova

Saímos muito satisfeitos com as visitas que fizemos. Uma complementa a outra. Recomendamos o passeio, se você assim como nós, tem interesse no universo do vinho. Pra nós tudo foi muito interessante.

Quanto aos vinhos, gostamos da maioria dos que compramos. Nossa avaliação é de que a região tem como ponto forte a produção de espumantes e vinhos jovens. A uva que se adaptou melhor foi a Syrah / Shiraz. Degustamos bons vinhos dessa casta das duas vinícolas.

Ah! E o Brandy!? Gostamos muito! Valeu ter comprado para experimentar.

E a região é lindíssima! Já estão no canal mais dois vídeos falando sobre Petrolina, Juazeiro, e claro, o Rio São Francisco. É um lugar muito especial. O rio transformou a região. Vale muito conhecer.

Episódio 2 da Temporada 1

Você pode conferir logo abaixo o vídeo que ilustra tudo que foi contado neste texto.

Para conferir os outros vídeos, acesse o nosso canal no YouTube.

Bônus: e se você quiser saber como foi nossa visita à Vinícola Concha Y Toro, em setembro de 2006, durante nossa viagem ao Chile para realizar a Cruce de Lagos, pode ler o artigo também disponível aqui no site.